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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Gestão de Estoques (Classificação ABC)

Classificação ABC, também conhecida como Curva ABC ou Curva de Pareto, é uma importante ferramenta que auxilia o administrador ou gestor de processos a identificar itens que requerem maior atenção e/ou tratamento adequado.
A Curva ou Curva de Pareto é obtida através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa e é fundamental nos processos decisórios.
A Curva ABC vem sendo usada com freqüência para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para o programa de produção e uma série de outros problemas usuais nas empresas, ou seja, as decisões do que fazer primeiro, quando fazer e quem irá fazer, é tomada com base na Curva ABC. Isto ajuda a descentralizar controles e responsabilidades sobre as ações.
E o que é importância relativa? É o grau de importância atribuído a um item (pelo valor, complexidade de produção, pela dificuldade de reposição etc), medido em percentual (%).
Exemplo: na fabricação de um ventilador de teto, as peças plásticas injetadas com certeza tem um grau de importância muito maior que os parafusos de fixação, visto que os parafusos, além de mais baratos, são de fácil reposição. Desta forma poderíamos atribuir que os parafusos representam 10% e as peças plásticas 90% em grau de importância.
Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da Curva ABC podem ser definidas em 3 grandes grupos:
Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção muito especial pela administração.
Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.
Classe C: grupo de itens menos importantes e que justificam pouca atenção por parte de administração.

Exemplo de uso da Curva ABC

O Depto. de Produção de uma empresa mostra um consumo anual de 8.000 diferentes tipos de peças, com valor global de estoque de R$ 500.000,00.
Percebendo o elevado investimento em estoque, a empresa decide fazer um estudo para redefinir a política de estoques.
Primeiramente se identifica os grupos de materiais que deverão ter controles mais rígidos (classe “A”), controle intermediários (classe “B”) e os mais simples (classe “C”).
A Curva ABC irá fornecer a ordenação dos materiais pelos respectivos valores de consumo anual.
Pelas análises realizadas pela empresa, verificou-se que 8% dos itens (classe “A”) são responsáveis por 70% valor global do estoque (investimento anual grande) e que 72% dos itens (classe “C”) são responsáveis por 10% do valor global (investimento anual pequeno).
Os itens da classe “B” estão em situação intermediária (20%).

Classe “A”  8% dos itens=640 → a R$ 350.000,00 (70% de R$ 500.000,00)

Classe “B” 20% dos itens=1.600 → R$ 100.000,00 (20% de R$ 500.000,00)

Classe “C” 72% dos itens=5.760 → R$ 50.000,00 (10% de R$ 500.000,00)

Pode-se portanto verificar que, para controlar 90% do valor do consumo, basta estabelecer controles sobre 28% dos itens, ou seja, sobre os 2.240 primeiros itens (soma das classes “A” + “B”) da curva ABC.
A classe “C”, que se compõe dos 5.760 itens restantes, corresponde apenas a 10% do valor global do consumo e, num primeiro momento, não deve ser prioridade nas ações de redefinição de estoques.

Construindo uma Curva ABC – Aplicação e montagem

Simplificado de apenas 10 itens, porém o critério é válido para qualquer número de itens. O critério de ordenação é o valor do consumo anual (preço unitário x consumo anual) para cada item.

Coleta de dados
Material Preço unitário Consumo Anual (unidades) Valor Consumo (Ano) Grau
A                    1                       10.000                            10.000                    8º
B                   12                      10.200                            122.400                  2º
C                    3                       90.000                            70.000                    1º
D                   6                        4.500                              27.000                    4º
E                  10                        7.000                              70.000                    3º
F                1.200                       20                                 24.000                    6º
G                0,60                      42.000                            25.200                    5º
H                  28                         8.000                            22.400                    7º
I                    4                          1.800                              7.200                   10º
J                   60                         130                                 7.800                    9º
Naturalmente outros critérios para ordenação podem ser usados, conforme o objetivo particular de cada estudo.Por exemplo, num problema de transporte, podemos usar o peso ou volume do material transportado.

Ordenação de dados
Grau Material Valor Consumo (Ano) Valor Consumo Acumulado % sobre o valor do consumo
  1º      C                    270.000                         270.000                                   46
  2º      B                    122.400                         392.400                                   21
  3º      E                     70.000                          462.400                                   12
  4º      D                     27.000                          489.400                                    5
  5º      G                     25.200                          514.600                                    4
  6º      F                     24.000                           538.600                                    4
  7º     H                     22.400                           561.000                                    4
  8º     A                     10.000                           571.000                                    2
  9º     J                       7.800                            578.800                                    1
 10º     I                      7.200                            586.000                                    1

Com esses dados podemos então construir a curva ABC.
É traçado um eixo cartesiano em que na abscissa é registrado o número de itens; no eixo das ordenadas, são marcadas as somas relativas aos valores de consumo. Os valores de consumo acumulados e os materiais, extraídos da tabela de Ordenação de Dados, são marcados nos eixos.
Inicia-se à esquerda com o registro do item que acusa o maior valor de consumo acumulado, grau 1º. Em seguida o item de grau 2º à direita no canto superior da primeira coluna. As colunas seguintes são registradas no gráfico de acordo com o mesmo princípio. A linha de interligação entre a origem e os cantos superiores direitos das colunas, representam a curva ABC.
A curva encontrada é subdividida em três classes: A, B e C.
Os limites de cada classe estão indicados no eixo horizontal, e no vertical, os percentuais da soma total (valor do consumo total ou número total de itens). Na realidade podemos ter, e são usadas, as seguintes faixas-limite:

                       A               B                 C
Ordenadas   67 - 75% 15 - 30%              5 - 10%
Abscissas    10 - 20% 20 - 35%             50 - 70%




terça-feira, 8 de setembro de 2015

Primeiras Industrias de Sumaré ( Ind. de Lançadeiras São José Ltda)

 Industria de Lançadeiras São José Ltda

Fundada em 1969, por Octávio Tomazin.
Área de 240 m².
Na epoca tinha 22 empregados.
Localizada na Av. 7 de Setembro, 1115, Vila Menuzzo - Sumaré-SP
Meu pai trabalhou 15 anos nessa empresa.

Primeiras Industrias de Sumaré (Minasa S.A)


     Minasa S.A Industrialização de Milho e Óleos Vegetais

Fabrica e escritório: Estrada do Matão (Hoje Av. Minasa) , S/n (KM 105 da Anhanguera) - Sumaré-SP
Fundada em 1963, iniciou suas atividades em 1964.
Linha de produção: industrialização de milho, cereais e oleoginosas, extração de óleos vegetais, farinhas, tortas, ração animal e fibras. Os produtos são largamente comercializados, tanto no mercado interno quanto externo.
Possuía 500 empregados.
Área de 102.000 m², área construída de 42.000 m².

sábado, 5 de setembro de 2015

Nivel de Estoque (Tamanho do estoque)

Nível de estoque, pode também ser chamado de Tamanho do estoque e é ajustado ao tamanho da empresa, ou seja, não existe estoque grande ou estoque pequeno. Existe sim estoque adequado ou estoque ajustado. Por exemplo: os mega distribuidores ou atacadistas, possuem estoques grandes, porque possuem uma grande clientela; já os mini-mercados ou mercados de bairro, possuem estoques pequenos, porque atendem a uma clientela bem menor.
No entanto, se formos analisar o giro de estoque de ambas as empresas, veremos que provavelmente estarão muito próximos (em se tratando de mercado normalmente em torno de 45 a 60 dias, raramente excedendo a 4 meses).
Em resumo, o nível de estoque é determinado pela demanda (consumo) e consequentemente a compra também será determinada pelo consumo. Outros fatores podem influenciar no volume de compra (validade do produto) e um novo fator é agora apresentado. A especulação, que é traduzido pelo conhecimento de mercado, aliado a uma compra de oportunidade. O empresário dispõe de um bom caixa, faz uma compra acima da necessidade do seu estoque médio, sabendo que o item adquirido irá subir nos próximos meses ou irá faltar. Aproveitando-se desta situação, por ter um estoque maior do que o de sua concorrência, disponibiliza a colocação do seu produto a um preço maior, aumentando sua margem de lucro. Esta operação também é conhecida como lei da oferta e procura.
Podemos também afirmar que nenhuma empresa tem por função manter estoques, porém, mesmo onerando os custos das empresas, eles são necessários para alimentar a produção e atender clientes.

Tamanho do estoque

O quanto uma empresa utilizará em estoques, depende do montante do capital destinado a eles (capital de giro), da definição de sua rotatividade e do grau de especulação.
Considerando que o capital de giro só retorna ao caixa da empresa quando da venda do produto (com o lucro embutido), as empresas buscam ter seus estoques o mais ajustado (enxuto) possível, até porque um item em estoque sempre está carregando algum custo (armazenagem e movimentação por exemplo).

Formação de estoques

A formação dos estoques de uma empresa, bem como a definição de seus parâmetros (quantidade, estoque mínimo, tempo de reposição) é função direta mercado de atuação de cada empresa e de seu produto.
Vamos imaginar 2 exemplos para formação de estoques:
Na primeira situação não vamos considerar o estoque mínimo e na segunda estaremos considerando o estoque mínimo.
Uma empresa que consome 6.000 unidades de um item por ano, não irá disponibilizar todo recurso para formação do estoque anual em Janeiro, sabendo que o consumo se estenderá até Dezembro. Com certeza além das quantidades, deverão também ser definidas as quantidades ou número de reposições.

Situação 1: Sem a consideração de estoque mínimo e 4 reposições no ano.
O estoque iniciou com 1.500 unidades, foi sendo consumido durante determinado tempo (Janeiro a Maio), até chegar a “zero” no mês de Maio, sendo reposto em 1º de Abril e assim consecutivamente até Dezembro (reposições trimestrais). Este ciclo só será efetivo e produtivo se:
Não existir alteração de consumo durante o tempo (T)
Não existirem falhas administrativas que provoquem uma falha ao solicitar a compra
O fornecedor da peça nunca atrasar sua entrega
Nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade
Porém a prática nos mostra que estas quatro premissas nunca ocorrem com freqüências e portanto as chances de paradas de produção ou interrupções de entrega a clientes é muito grande, visto que a falta de estoques é iminente (estoque “zero”).

Situação 2: Considerando-se estoque mínimo (estoque de segurança) e 4 reposições no ano.
Nesta condição, o estoque vem sendo consumido normalmente mas, antes de se chegar a “zero”,  já estará ocorrendo a reposição do estoque, preservando-se um estoque mínimo de 500 peças que garante aproximadamente 1 mês sem impactos. Este estoque muitas vezes também é denominado estoque de segurança.
Nesta situação a empresa não fica sujeita às premissas da situação 1.
Essa formação de estoques  é vulgarmente conhecida como Dente de Serra.
O intervalo entre um ponto de reposição e outro (chamado de TR) deverá também contemplar outras variáveis, tais como:
•Tempo de emissão do pedido (tempo considerado desde a emissão do pedido até que ele chegue ao fornecedor)
•Tempo de fornecimento (tempo que leva o fornecedor para preparar e entregar seu material)
•Tempo de transporte (tempo que leva desde a saída do fornecedor até a chegada e recebimento na empresa)
Definidos estas 3 variáveis, podemos definir também o ponto de pedido (PP) que é o momento o qual o pedido deve ser emitido para a reposição ocorra sem impactos;

PP = Ponto de pedido
TR = Tempo de Reposição

Exemplo:

Uma peça é consumida a uma razão de 30 por mês e seu tempo de reposição (TR) e de 2 meses.
Qual será o ponto de pedido (PP), uma vez que o estoque mínimo deve ser de 1 mês de consumo?


PP = (C x TR) + E.min

PP = (30 x 2) + 30

PP = 90 unidades