Nível de estoque, pode também ser chamado de Tamanho do estoque e é ajustado ao tamanho da empresa, ou seja, não existe estoque grande ou estoque pequeno. Existe sim estoque adequado ou estoque ajustado. Por exemplo: os mega distribuidores ou atacadistas, possuem estoques grandes, porque possuem uma grande clientela; já os mini-mercados ou mercados de bairro, possuem estoques pequenos, porque atendem a uma clientela bem menor.
No entanto, se formos analisar o giro de estoque de ambas as empresas, veremos que provavelmente estarão muito próximos (em se tratando de mercado normalmente em torno de 45 a 60 dias, raramente excedendo a 4 meses).
Em resumo, o nível de estoque é determinado pela demanda (consumo) e consequentemente a compra também será determinada pelo consumo. Outros fatores podem influenciar no volume de compra (validade do produto) e um novo fator é agora apresentado. A especulação, que é traduzido pelo conhecimento de mercado, aliado a uma compra de oportunidade. O empresário dispõe de um bom caixa, faz uma compra acima da necessidade do seu estoque médio, sabendo que o item adquirido irá subir nos próximos meses ou irá faltar. Aproveitando-se desta situação, por ter um estoque maior do que o de sua concorrência, disponibiliza a colocação do seu produto a um preço maior, aumentando sua margem de lucro. Esta operação também é conhecida como lei da oferta e procura.
Podemos também afirmar que nenhuma empresa tem por função manter estoques, porém, mesmo onerando os custos das empresas, eles são necessários para alimentar a produção e atender clientes.
Tamanho do estoque
O quanto uma empresa utilizará em estoques, depende do montante do capital destinado a eles (capital de giro), da definição de sua rotatividade e do grau de especulação.
Considerando que o capital de giro só retorna ao caixa da empresa quando da venda do produto (com o lucro embutido), as empresas buscam ter seus estoques o mais ajustado (enxuto) possível, até porque um item em estoque sempre está carregando algum custo (armazenagem e movimentação por exemplo).
Formação de estoques
A formação dos estoques de uma empresa, bem como a definição de seus parâmetros (quantidade, estoque mínimo, tempo de reposição) é função direta mercado de atuação de cada empresa e de seu produto.
Vamos imaginar 2 exemplos para formação de estoques:
Na primeira situação não vamos considerar o estoque mínimo e na segunda estaremos considerando o estoque mínimo.
Uma empresa que consome 6.000 unidades de um item por ano, não irá disponibilizar todo recurso para formação do estoque anual em Janeiro, sabendo que o consumo se estenderá até Dezembro. Com certeza além das quantidades, deverão também ser definidas as quantidades ou número de reposições.
Situação 1: Sem a consideração de estoque mínimo e 4 reposições no ano.
O estoque iniciou com 1.500 unidades, foi sendo consumido durante determinado tempo (Janeiro a Maio), até chegar a “zero” no mês de Maio, sendo reposto em 1º de Abril e assim consecutivamente até Dezembro (reposições trimestrais). Este ciclo só será efetivo e produtivo se:
• Não existir alteração de consumo durante o tempo (T)
• Não existirem falhas administrativas que provoquem uma falha ao solicitar a compra
• O fornecedor da peça nunca atrasar sua entrega
• Nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade
Porém a prática nos mostra que estas quatro premissas nunca ocorrem com freqüências e portanto as chances de paradas de produção ou interrupções de entrega a clientes é muito grande, visto que a falta de estoques é iminente (estoque “zero”).
Situação 2: Considerando-se estoque mínimo (estoque de segurança) e 4 reposições no ano.
Nesta condição, o estoque vem sendo consumido normalmente mas, antes de se chegar a “zero”, já estará ocorrendo a reposição do estoque, preservando-se um estoque mínimo de 500 peças que garante aproximadamente 1 mês sem impactos. Este estoque muitas vezes também é denominado estoque de segurança.
Nesta situação a empresa não fica sujeita às premissas da situação 1.
Essa formação de estoques é vulgarmente conhecida como Dente de Serra.
O intervalo entre um ponto de reposição e outro (chamado de TR) deverá também contemplar outras variáveis, tais como:
•Tempo de emissão do pedido (tempo considerado desde a emissão do pedido até que ele chegue ao fornecedor)
•Tempo de fornecimento (tempo que leva o fornecedor para preparar e entregar seu material)
•Tempo de transporte (tempo que leva desde a saída do fornecedor até a chegada e recebimento na empresa)
Definidos estas 3 variáveis, podemos definir também o ponto de pedido (PP) que é o momento o qual o pedido deve ser emitido para a reposição ocorra sem impactos;
PP = Ponto de pedido
TR = Tempo de Reposição
Exemplo:
Uma peça é consumida a uma razão de 30 por mês e seu tempo de reposição (TR) e de 2 meses.
Qual será o ponto de pedido (PP), uma vez que o estoque mínimo deve ser de 1 mês de consumo?
PP = (C x TR) + E.min
PP = (30 x 2) + 30
PP = 90 unidades
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