Por volta de
1870 a 1930, as ferrovias brasileiras foram responsáveis principais pelo
escoamento da produção agrícola brasileira, sobretudo o café,
do interior para os portos e dali articulando-se com a navegação de longo curso.
Dificuldades devido aos trechos de trilhos com bitolas diferentes construídos
por investimentos privados independentes e sem interligação com os sistemas
regionais, levaram ao abandono de muitos trechos em favor da construção de rodovias.
Em 2011 na
Rússia, 81% do transporte de carga era feito por ferrovia. Na Índia, 50%. Nos
Estados Unidos, 43% e no Brasil só 24 %.
No Brasil 90%
da rede é administrada por empresas privadas e o resultado disso é que ela
voltará a crescer nos próximos anos, depois de um longo período de estagnação.
A Rede Ferroviária
tem hoje em torno de 30.200 km. Nesse cenário, a participação ferroviária no
sistema de transporte nacional aumentaria dos 24% (2011) para 35% no período.
A ferrovia
Norte–Sul é a grande aposta do setor. Seus 2 258 quilômetros vão cruzar os
estados de Goiás, Maranhão, Pará, Tocantins, Mato Grosso do Sul e São Paulo,
abrindo um novo caminho para o escoamento de produtos por ferrovia aos portos do
Norte e Nordeste do Brasil.
O transporte
ferroviário é mais apropriado para grandes massas, e torna‐se pouco eficiente e
muito oneroso para o deslocamento de pequenas quantidades.
Normalmente,
é utilizado para itens de baixo valor agregado, mas com grandes volumes de
movimentação (graneis, minérios, produtos agrícolas etc.) e para longas ou
pequenas distâncias.
Baixas
velocidades. Porém as empresas de logística calculam reduzir o custo de
transporte em até 40% com ferrovias e navios. O transporte ferroviário não tem
a versatilidade e flexibilidade dos transportes rodoviários, porque está
limitado a instalações fixas de trilhos. Além disso:
*O
transporte ferroviário opera de acordo com horários previamente determinados, o
que dificulta a rapidez na entrega e satisfação do cliente.
*Muitas
vezes o vagão não está disponível na
hora e lugar necessário.
*Apesar de
todos os benefícios, os especialistas não recomendam às empresas retirar toda a
carga dos caminhões.
*"As
ferrovias são monopólios naturais -- só há um operador por região”
*Quem coloca
toda a produção nos trilhos pode virar refém da concessionária
*O ideal, é
montar operações logísticas com diferentes meios de transporte, como fez a
indústria de leite gaúcha Elegê
*Quase 30%
da produção de Teutônia, no Rio Grande do Sul, chega aos clientes por meio da
ferrovia ou hidrovias
*A ALL,
montou uma operação de logística para a Elegê. Recolhe o leite na porta da
fábrica, leva de caminhão até Estrela, também no Rio Grande do Sul. De lá,
embarca a carga no trem para o centro de distribuição de Tatuí, em São Paulo.
*Nos
trilhos, a economia é de 13% em relação à rodovia. No mar, de 23%. Mas o grupo
nem pensa em abandonar a estrada.