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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Analise de Custos do Transporte Ferroviário


Por volta de 1870 a 1930, as ferrovias brasileiras foram responsáveis principais pelo escoamento da produção agrícola brasileira, sobretudo o café, do interior para os portos e dali articulando-se com a navegação de longo curso. Dificuldades devido aos trechos de trilhos com bitolas diferentes construídos por investimentos privados independentes e sem interligação com os sistemas regionais, levaram ao abandono de muitos trechos em favor da construção de rodovias.

Em 2011 na Rússia, 81% do transporte de carga era feito por ferrovia. Na Índia, 50%. Nos Estados Unidos, 43% e no Brasil só 24 %.
No Brasil 90% da rede é administrada por empresas privadas e o resultado disso é que ela voltará a crescer nos próximos anos, depois de um longo período de estagnação.
A Rede Ferroviária tem hoje em torno de 30.200 km. Nesse cenário, a participação ferroviária no sistema de transporte nacional aumentaria dos  24% (2011) para 35% no período. 
A ferrovia Norte–Sul é a grande aposta do setor. Seus 2 258 quilômetros vão cruzar os estados de Goiás, Maranhão, Pará, Tocantins, Mato Grosso do Sul e São Paulo, abrindo um novo caminho para o escoamento de produtos por ferrovia aos portos do Norte e Nordeste do Brasil.
O transporte ferroviário é mais apropriado para grandes massas, e torna‐se pouco eficiente e muito oneroso para o deslocamento de pequenas quantidades.
Normalmente, é utilizado para itens de baixo valor agregado, mas com grandes volumes de movimentação (graneis, minérios, produtos agrícolas etc.) e para longas ou pequenas distâncias.
Baixas velocidades. Porém as empresas de logística calculam reduzir o custo de transporte em até 40% com ferrovias e navios. O transporte ferroviário não tem a versatilidade e flexibilidade dos transportes rodoviários, porque está limitado a instalações fixas de trilhos. Além disso:

*O transporte ferroviário opera de acordo com horários previamente determinados, o que dificulta a rapidez na entrega e satisfação do cliente.

*Muitas vezes  o vagão não está disponível na hora e lugar necessário.

*Apesar de todos os benefícios, os especialistas não recomendam às empresas retirar toda a carga dos caminhões.

*"As ferrovias são monopólios naturais -- só há um operador por região”

*Quem coloca toda a produção nos trilhos pode virar refém da concessionária

*O ideal, é montar operações logísticas com diferentes meios de transporte, como fez a indústria de leite gaúcha Elegê

*Quase 30% da produção de Teutônia, no Rio Grande do Sul, chega aos clientes por meio da ferrovia ou hidrovias

*A ALL, montou uma operação de logística para a Elegê. Recolhe o leite na porta da fábrica, leva de caminhão até Estrela, também no Rio Grande do Sul. De lá, embarca a carga no trem para o centro de distribuição de Tatuí, em São Paulo.

*Nos trilhos, a economia é de 13% em relação à rodovia. No mar, de 23%. Mas o grupo nem pensa em abandonar a estrada.


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