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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Lote Econômico

Lote econômico é a quantidade ideal de material a ser adquirida em cada operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os respectivos custos de estocagem são mínimos para o período considerado.
Este conceito aplica-se tanto na relação de abastecimento pela manufatura para a área de estoque, recebendo a denominação de lote econômico de produção (LEP), quanto à relação de reposição de estoque por compras no mercado, passando a ser designado como lote econômico de compras (LEC).
A decisão de estocar ou não um determinado item é básica para o volume de estoque em qualquer momento e ao se tomar tal decisão, dois fatores devem ser considerados:
1. É econômico estocar o item?
2. É interessante estocar um item tido como antieconômico a fim de satisfazer a um cliente e com objetivo de melhorar as relações com ele?
O primeiro fator pode ser analisado matematicamente e, em geral, não é econômico estocar um item se isso excede o custo de comprá-lo ou produzi-lo de acordo com as necessidades.
No segundo fator, a questão é saber se devemos estocar um item, embora seja antieconômico fazê-lo, somente para prestar um melhor serviço ao cliente. Esta normalmente é uma decisão difícil porque freqüentemente é impossível atribuir um valor exato em dinheiro à satisfação do cliente. O problema é que o tempo para comprar e/ou fabricar pode ser maior do que ele deseja esperar. Neste caso a decisão terá que ser tomada numa base de item por item sobre o custo de fabricação na base de pedido por pedido.

Decisões de compra
O que define as compras é o tamanho dos estoques e a especulação que a empresa faz sobre os estoques.
O ponto de compra, ou ponto de pedido (PP) é função de um tempo (T), que é o tempo de consumo de um determinado item. A quantidade (Q) é estabelecida pela demanda e, desconsiderando-se o estoque mínimo (Emin) ou estoque de segurança, a quantidade a ser comprada deveria ser sempre a correspondente para manter o estoque no máximo, ou seja, igual àa última compra. Porém, em razão de fatores como especulação de mercado, sazonalidade etc, é que definem lotes econômicos de compra (LEC) ou de produção (LEP).
E quanto deve ser comprado ou produzido de cada vez?
Dois tipos básicos de custo afetam a decisão sobre o quanto comprar ou produzir de cada vez, que são o custo de armazenagem (I) e o custo do pedido (B).
Existem ainda custos que aumentam à medida que a quantidade do material pedido aumenta. Exemplo, os custos vinculados à armazenagem dos materiais, incluindo espaço, seguro, juros etc.
Existem também os custos que diminuem à medida que a quantidade de material pedida aumenta, como por exemplo a distribuição dos custos fixos (energia, mão de obra etc) por quantidade maiores.












segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Gestão de Estoques (Classificação ABC)

Classificação ABC, também conhecida como Curva ABC ou Curva de Pareto, é uma importante ferramenta que auxilia o administrador ou gestor de processos a identificar itens que requerem maior atenção e/ou tratamento adequado.
A Curva ou Curva de Pareto é obtida através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa e é fundamental nos processos decisórios.
A Curva ABC vem sendo usada com freqüência para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para o programa de produção e uma série de outros problemas usuais nas empresas, ou seja, as decisões do que fazer primeiro, quando fazer e quem irá fazer, é tomada com base na Curva ABC. Isto ajuda a descentralizar controles e responsabilidades sobre as ações.
E o que é importância relativa? É o grau de importância atribuído a um item (pelo valor, complexidade de produção, pela dificuldade de reposição etc), medido em percentual (%).
Exemplo: na fabricação de um ventilador de teto, as peças plásticas injetadas com certeza tem um grau de importância muito maior que os parafusos de fixação, visto que os parafusos, além de mais baratos, são de fácil reposição. Desta forma poderíamos atribuir que os parafusos representam 10% e as peças plásticas 90% em grau de importância.
Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da Curva ABC podem ser definidas em 3 grandes grupos:
Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção muito especial pela administração.
Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.
Classe C: grupo de itens menos importantes e que justificam pouca atenção por parte de administração.

Exemplo de uso da Curva ABC

O Depto. de Produção de uma empresa mostra um consumo anual de 8.000 diferentes tipos de peças, com valor global de estoque de R$ 500.000,00.
Percebendo o elevado investimento em estoque, a empresa decide fazer um estudo para redefinir a política de estoques.
Primeiramente se identifica os grupos de materiais que deverão ter controles mais rígidos (classe “A”), controle intermediários (classe “B”) e os mais simples (classe “C”).
A Curva ABC irá fornecer a ordenação dos materiais pelos respectivos valores de consumo anual.
Pelas análises realizadas pela empresa, verificou-se que 8% dos itens (classe “A”) são responsáveis por 70% valor global do estoque (investimento anual grande) e que 72% dos itens (classe “C”) são responsáveis por 10% do valor global (investimento anual pequeno).
Os itens da classe “B” estão em situação intermediária (20%).

Classe “A”  8% dos itens=640 → a R$ 350.000,00 (70% de R$ 500.000,00)

Classe “B” 20% dos itens=1.600 → R$ 100.000,00 (20% de R$ 500.000,00)

Classe “C” 72% dos itens=5.760 → R$ 50.000,00 (10% de R$ 500.000,00)

Pode-se portanto verificar que, para controlar 90% do valor do consumo, basta estabelecer controles sobre 28% dos itens, ou seja, sobre os 2.240 primeiros itens (soma das classes “A” + “B”) da curva ABC.
A classe “C”, que se compõe dos 5.760 itens restantes, corresponde apenas a 10% do valor global do consumo e, num primeiro momento, não deve ser prioridade nas ações de redefinição de estoques.

Construindo uma Curva ABC – Aplicação e montagem

Simplificado de apenas 10 itens, porém o critério é válido para qualquer número de itens. O critério de ordenação é o valor do consumo anual (preço unitário x consumo anual) para cada item.

Coleta de dados
Material Preço unitário Consumo Anual (unidades) Valor Consumo (Ano) Grau
A                    1                       10.000                            10.000                    8º
B                   12                      10.200                            122.400                  2º
C                    3                       90.000                            70.000                    1º
D                   6                        4.500                              27.000                    4º
E                  10                        7.000                              70.000                    3º
F                1.200                       20                                 24.000                    6º
G                0,60                      42.000                            25.200                    5º
H                  28                         8.000                            22.400                    7º
I                    4                          1.800                              7.200                   10º
J                   60                         130                                 7.800                    9º
Naturalmente outros critérios para ordenação podem ser usados, conforme o objetivo particular de cada estudo.Por exemplo, num problema de transporte, podemos usar o peso ou volume do material transportado.

Ordenação de dados
Grau Material Valor Consumo (Ano) Valor Consumo Acumulado % sobre o valor do consumo
  1º      C                    270.000                         270.000                                   46
  2º      B                    122.400                         392.400                                   21
  3º      E                     70.000                          462.400                                   12
  4º      D                     27.000                          489.400                                    5
  5º      G                     25.200                          514.600                                    4
  6º      F                     24.000                           538.600                                    4
  7º     H                     22.400                           561.000                                    4
  8º     A                     10.000                           571.000                                    2
  9º     J                       7.800                            578.800                                    1
 10º     I                      7.200                            586.000                                    1

Com esses dados podemos então construir a curva ABC.
É traçado um eixo cartesiano em que na abscissa é registrado o número de itens; no eixo das ordenadas, são marcadas as somas relativas aos valores de consumo. Os valores de consumo acumulados e os materiais, extraídos da tabela de Ordenação de Dados, são marcados nos eixos.
Inicia-se à esquerda com o registro do item que acusa o maior valor de consumo acumulado, grau 1º. Em seguida o item de grau 2º à direita no canto superior da primeira coluna. As colunas seguintes são registradas no gráfico de acordo com o mesmo princípio. A linha de interligação entre a origem e os cantos superiores direitos das colunas, representam a curva ABC.
A curva encontrada é subdividida em três classes: A, B e C.
Os limites de cada classe estão indicados no eixo horizontal, e no vertical, os percentuais da soma total (valor do consumo total ou número total de itens). Na realidade podemos ter, e são usadas, as seguintes faixas-limite:

                       A               B                 C
Ordenadas   67 - 75% 15 - 30%              5 - 10%
Abscissas    10 - 20% 20 - 35%             50 - 70%




terça-feira, 8 de setembro de 2015

Primeiras Industrias de Sumaré ( Ind. de Lançadeiras São José Ltda)

 Industria de Lançadeiras São José Ltda

Fundada em 1969, por Octávio Tomazin.
Área de 240 m².
Na epoca tinha 22 empregados.
Localizada na Av. 7 de Setembro, 1115, Vila Menuzzo - Sumaré-SP
Meu pai trabalhou 15 anos nessa empresa.

Primeiras Industrias de Sumaré (Minasa S.A)


     Minasa S.A Industrialização de Milho e Óleos Vegetais

Fabrica e escritório: Estrada do Matão (Hoje Av. Minasa) , S/n (KM 105 da Anhanguera) - Sumaré-SP
Fundada em 1963, iniciou suas atividades em 1964.
Linha de produção: industrialização de milho, cereais e oleoginosas, extração de óleos vegetais, farinhas, tortas, ração animal e fibras. Os produtos são largamente comercializados, tanto no mercado interno quanto externo.
Possuía 500 empregados.
Área de 102.000 m², área construída de 42.000 m².

sábado, 5 de setembro de 2015

Nivel de Estoque (Tamanho do estoque)

Nível de estoque, pode também ser chamado de Tamanho do estoque e é ajustado ao tamanho da empresa, ou seja, não existe estoque grande ou estoque pequeno. Existe sim estoque adequado ou estoque ajustado. Por exemplo: os mega distribuidores ou atacadistas, possuem estoques grandes, porque possuem uma grande clientela; já os mini-mercados ou mercados de bairro, possuem estoques pequenos, porque atendem a uma clientela bem menor.
No entanto, se formos analisar o giro de estoque de ambas as empresas, veremos que provavelmente estarão muito próximos (em se tratando de mercado normalmente em torno de 45 a 60 dias, raramente excedendo a 4 meses).
Em resumo, o nível de estoque é determinado pela demanda (consumo) e consequentemente a compra também será determinada pelo consumo. Outros fatores podem influenciar no volume de compra (validade do produto) e um novo fator é agora apresentado. A especulação, que é traduzido pelo conhecimento de mercado, aliado a uma compra de oportunidade. O empresário dispõe de um bom caixa, faz uma compra acima da necessidade do seu estoque médio, sabendo que o item adquirido irá subir nos próximos meses ou irá faltar. Aproveitando-se desta situação, por ter um estoque maior do que o de sua concorrência, disponibiliza a colocação do seu produto a um preço maior, aumentando sua margem de lucro. Esta operação também é conhecida como lei da oferta e procura.
Podemos também afirmar que nenhuma empresa tem por função manter estoques, porém, mesmo onerando os custos das empresas, eles são necessários para alimentar a produção e atender clientes.

Tamanho do estoque

O quanto uma empresa utilizará em estoques, depende do montante do capital destinado a eles (capital de giro), da definição de sua rotatividade e do grau de especulação.
Considerando que o capital de giro só retorna ao caixa da empresa quando da venda do produto (com o lucro embutido), as empresas buscam ter seus estoques o mais ajustado (enxuto) possível, até porque um item em estoque sempre está carregando algum custo (armazenagem e movimentação por exemplo).

Formação de estoques

A formação dos estoques de uma empresa, bem como a definição de seus parâmetros (quantidade, estoque mínimo, tempo de reposição) é função direta mercado de atuação de cada empresa e de seu produto.
Vamos imaginar 2 exemplos para formação de estoques:
Na primeira situação não vamos considerar o estoque mínimo e na segunda estaremos considerando o estoque mínimo.
Uma empresa que consome 6.000 unidades de um item por ano, não irá disponibilizar todo recurso para formação do estoque anual em Janeiro, sabendo que o consumo se estenderá até Dezembro. Com certeza além das quantidades, deverão também ser definidas as quantidades ou número de reposições.

Situação 1: Sem a consideração de estoque mínimo e 4 reposições no ano.
O estoque iniciou com 1.500 unidades, foi sendo consumido durante determinado tempo (Janeiro a Maio), até chegar a “zero” no mês de Maio, sendo reposto em 1º de Abril e assim consecutivamente até Dezembro (reposições trimestrais). Este ciclo só será efetivo e produtivo se:
Não existir alteração de consumo durante o tempo (T)
Não existirem falhas administrativas que provoquem uma falha ao solicitar a compra
O fornecedor da peça nunca atrasar sua entrega
Nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade
Porém a prática nos mostra que estas quatro premissas nunca ocorrem com freqüências e portanto as chances de paradas de produção ou interrupções de entrega a clientes é muito grande, visto que a falta de estoques é iminente (estoque “zero”).

Situação 2: Considerando-se estoque mínimo (estoque de segurança) e 4 reposições no ano.
Nesta condição, o estoque vem sendo consumido normalmente mas, antes de se chegar a “zero”,  já estará ocorrendo a reposição do estoque, preservando-se um estoque mínimo de 500 peças que garante aproximadamente 1 mês sem impactos. Este estoque muitas vezes também é denominado estoque de segurança.
Nesta situação a empresa não fica sujeita às premissas da situação 1.
Essa formação de estoques  é vulgarmente conhecida como Dente de Serra.
O intervalo entre um ponto de reposição e outro (chamado de TR) deverá também contemplar outras variáveis, tais como:
•Tempo de emissão do pedido (tempo considerado desde a emissão do pedido até que ele chegue ao fornecedor)
•Tempo de fornecimento (tempo que leva o fornecedor para preparar e entregar seu material)
•Tempo de transporte (tempo que leva desde a saída do fornecedor até a chegada e recebimento na empresa)
Definidos estas 3 variáveis, podemos definir também o ponto de pedido (PP) que é o momento o qual o pedido deve ser emitido para a reposição ocorra sem impactos;

PP = Ponto de pedido
TR = Tempo de Reposição

Exemplo:

Uma peça é consumida a uma razão de 30 por mês e seu tempo de reposição (TR) e de 2 meses.
Qual será o ponto de pedido (PP), uma vez que o estoque mínimo deve ser de 1 mês de consumo?


PP = (C x TR) + E.min

PP = (30 x 2) + 30

PP = 90 unidades

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Desportistas de Sumaré " Antonio Zeola Filho"

Nasceu em Jaboticabal-SP, em 9 de dezembro de 1949. Reside a muitos anos em Sumaré.
Começou a jogar futebol no infantil do Clube Recreativo Sumaré, no ano de 1964. Em 1964,65 e 66, ganhou varias medalhas participando da equipe do Ginásio Estadual de Sumaré.
Foi então convidado para jogar na Sociedade Recreativa Têxtil Guarany, onde obteve alguns troféus.

 Primeiros Títulos e Troféus


1969 - Medalha Artilheiro - Futebol de Salão - Torneio Intercolegial.
1970 - Medalha de Campeão - Futebol de Salão e Voleibol - Torneio Sesc Equipe Guarany.
           Medalha de Vice-campeão - Handebol - Torneio Sesc Equipe Guarany.
           Medalha de Artilheiro - Futebol de Salão - Torneio de Ferias da União Cultural XVI de     Dezembro - Equipe Guarany.
1971 - Troféu Vice Campeão - Futebol de Salão - Torneio de Ferias da União Cultural XVI de Dezembro. Equipe Guarany.
1972 - Campeão - Futebol de Campo - Pela Equipe Sociedade Esportiva Cerâmica Sumaré, no Campeonato Tininho, da Liga Campineira.
           Vice-campeão - Futebol de salão - Realizado pelo Clube Recreativo de Sumaré.
1973 - Campeão - Campeonato Municipal de Futebol, pela Equipe do Guarany.
           Vice-campeão - Fut. de salão - Torneio de Ferias Realizado pel União Cultural XVI de Dezembro. Equipe Guarany.
1974- Troféu de Artilheiro - Fut. de salão - Torneio da União Cultural XVI de Dezembro,
           Bi-campeão Municipal - Fut. de Campo - Pela Equipe Soc. Rec. Têxtil Guarany.                 Troféu Melhor Atleta do Ano - Oferta pela Comissão Municipal de Esportes.
           Campeão - Fut. de Salão - União Cultural XVI de Dezembro no campeonato  Liga Campineira
1975- Bi-campeão- Fut. de Salão - Torneio de Ferias da União Cultural XVI de Dezembro. Equipe "Cidade dos Moveis".
          Troféu de Artilheiro - Torneio " João Smanio Franceschini".
          Vice-campeão - Fut. de Salão - Torneio 1° de maio - Equipe Eletrometal.
          Campeão - Pingue-pongue - Torneio 1° de maio - Equipe Eletrometal.
          Campeão - Voleibol - Torneio 1° de maio - Equipe Eletrometal.

Custos de Estoque

O Custos de Estoque, como visto em postagens anteriores, os estoques carregam uma série de custos, a começar pelo próprio custo do material, quais sejam:
- matéria prima ou estoque físico
- em processo
- aquisição de longo prazo
- contratos de fornecimento
- produtos acabados
- materiais auxiliares de produção
- material não-conforme
- material em consignação
- transporte
Fora o custo do material, todo e qualquer armazenamento ou estoque de material, gera uma séria de custos indiretos que independem do valor de cada item. Podemos citar:
- juros
- depreciação
- aluguel
- impostos
- equipamentos de movimentação
- deterioração
- obsolescência
- seguros
- salários e encargos sociais
- conservação
- energia elétrica
Estes custos podem ser agrupados em 4 modalidades;
1.custos de capital (juros e depreciação)
2.custos com pessoal (salários e encargos sociais)
3.custos com edificação (aluguéis, impostos, energia elétrica e conservação)
4.custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamentos de movimentação)

Existem duas variáveis que podem contribuir diretamente para o aumento ou diminuição destes custos, que quantidade em estoque e tempo de permanência em estoque.
Grandes quantidades de itens em estoque, irão requerer mais pessoal, maior uso de equipamentos ou equipamentos mais sofisticados e consequentemente a elevação destes custos. No caso contrário, estoques menores, o efeito é exatamente oposto, excetuando-se situações de baixo volume porém com materiais de grandes dimensões.
Todos estes custos relacionados, são denominados custos de armazenagem e são calculados com base no estoque médio e geralmente indicados em % do valor do estoque (fator de armazenagem). Em algumas empresas o valor unitário é indicado em R$.
Esses custos são determinados por meio de fórmulas e modelos matemáticos e uma vez calculado seu valor, transforma-se o mesmo em percentual relacionado ao estoque analisado. A este percentual dá-se o nome de Fator de Armazenagem.

Custo de Armazenagem

Os custos de armazenagem afetam diretamente a rentabilidade da empresa. Estocagem e armazenamento de materiais evoluíram muito, razão pela qual os empresários passaram a dedicar uma atenção especial aos estoques, como forma de minimizar seus custos e poder enfrentar a concorrência.
Os custos de armazenagem, anteriormente, pareciam pequenos ou sem importância e com pouca possibilidade de avaliação e de redução. Porém, na realidade este custo é considerável e representa uma parcela de grande eficácia na redução de custo total da empresa.
A evolução do processo produtivo veio confirmar a importância da estocagem e da administração de materiais e partir de então tornou-se fundamental o cálculo dos custos de armazenagem.
O custo de armazenagem pode ser expresso pela seguinte fórmula:

Custo de armazenagem = Q/2 x T x P x I

Onde: Q = quantidade de material em estoque no tempo considerado
           P = preço unitário do material
           I = taxa de armazenamento, expressa geralmente em porcentagem do custo unitário
          T = tempo considerado de armazenagem
Para que esta expressão seja válida, torna-se necessária a verificação de duas hipóteses:
1) o custo de armazenagem é proporcional ao estoque médio.
2) o preço unitário  deve ser considerado constante no período analisado. Se não for, deve ser tomado um valor médio.
O valor de I - taxa de armazenagem – é obtido através da soma de diversas parcelas. Assim temos:

a) Taxa de retorno de capital

              Ia = 100 x  ___lucro_____
                                valor estoques
O capital investido na compra do material armazenado deixa de ter rendimento.

b) Taxa de armazenamento físico

               Ib = 100 x S x A
                                C x P        
onde:       S = área ocupada pelo estoque
                A = custo anual do m² de armazenamento
                C = consumo anual
                P = preço unitário
 Portanto, CP = valor dos produtos estocados.

c)Taxa de seguro

                Ic = 100 x __custo anual do seguro __
                                  valor estoque + edifícios

d)Taxa de movimentação, manuseio e distribuição

                  Id = 100 x  depreciação anual do equipamento
                                              valor do estoque

e)Taxa de obsolescência

                   Ie = 100 x perdas anuais por obsolescência
                                              valor do estoque

f)Outras taxas

Água, luz, IPTU etc etc

           If = 100 x despesas anuais
                           valor do estoque

Conclui-se então que a taxa de armazenamento é:

I = Ia + Ib + Ic + Id + Ie + If

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Gestão de Estoque (ESTOQUE)

Por definição, ESTOQUE é um recurso ocioso à disposição da Produção ou do CLIENTE FINAL (ou CONSUMIDOR).
Dá-se o nome de recurso ocioso por se tratar de um material ou produto que ainda não se transformou em capital da empresa, ou seja, é um capital parado que gera custo.
Objetivos do estoque
1° - atender à Produção (processo); dar continuidade ao processo produtivo;
2° - atender ao cliente ou consumidor (caso específico de comércio, podendo ser varejo ou atacado).

Tipos de estoque
Físico ou matéria prima: são materiais básicos necessários para a produção do produto acabado.  Exceto por condições especiais (prazo de validade, obsolescência etc) seu consumo é proporcional ao volume de produção, ou seja, quanto maior for a produção, maior deverá ser este tipo de estoque.
Em processo: são todos os materiais que estão sendo usados no processo fabril. Em geral são produtos parcialmente acabados que estão em algum estágio da produção.
Uma característica típica deste estoque é sua relação de custo com o tempo do processo produtivo até o seu término, que é diretamente proporcional, ou seja: quanto maior o tempo de processo produtivo até se finalizar o produto, mais alto é o custo deste estoque. Isto se explica pelo tempo que os materiais estarão girando na fábrica, carregando todos os custos incidentes (energia, depreciação etc).
Entende-se também por estoque em processo, materiais que estejam de posse de fornecedores para execução de alguma etapa intermediária do processo produtivo.
Aquisição de longo prazo: são as tradicionais compras parceladas, porém somente são consideradas em estoques as parcelas recebidas ou pagas.
Contratos de fornecimento: são contratos formais, com ou sem prazo definido de validade, seguindo a mesma filosofia do estoque para compras de longo prazo ou entregas parceladas, ou seja, somente consideramos estoque para as parcelas recebidas e pagas.
Produtos acabados: estoque composto de produtos já produzidos, porém não vendidos, ou seja, o capital não retornou à empresa.
Uma característica deste tipo de estoque é a de que empresas que produzem por encomenda, mantém um estoque muito baixo de produtos acabados (ex. móveis sob encomenda), já as empresas que produzem produtos de consumo (comércio), necessariamente precisam manter um alto estoque.
Materiais auxiliares de produção: consiste de itens de manutenção, materiais auxiliares ou de apoio à Produção.  Estes materiais não são adicionados ao produto final, bem como não o acompanham quando da entrega, porém sua falta pode ocasionar parada de produção e comprometer o faturamento da empresa.  Como exemplo podemos citar ferramentas de corte (usadas em processo usinagem, óleo de corte, varetas ou arames de solda, cilindro de argônio etc).
Material não conforme: trata-se de material entregue pelo fornecedor, já pago, e que apresentou alguma não conformidade que impede o seu uso. Este material ficará em suspenso até que seja dada a devida disposição (destino) e só deixará de ser considerado como estoque se for devolvido fiscalmente para o fornecedor.
Transporte: são tratados como estoque em transporte, todo e qualquer material ou produto acabado, que esteja fora da empresa em processo de trânsito, mas que estejam fiscalmente sob responsabilidade da empresa.
Um exemplo típico e muito comum são os casos de importação, onde na maioria das vezes o exportador vende na condição FOB (Free On Board = livre de embarque), ou seja, o frete é por conta do importador e a mercadoria só é embarcada após o pagamento ou comprovação da remessa do dinheiro para algum banco indicado pelo fornecedor.

Capital de Giro
Capital de Giro é o recurso financeiro de uma empresa que está transformado em estoque e que volta ao caixa da empresa quando a venda efetiva do produto ou, melhor dizendo, quando o cliente paga.
Por esta definição, pode-se afirmar que quanto mais rápido girar um estoque, mais lucrativa esta empresa estará sendo.
O giro pode ser medido por dia, por mês ou por ano, dependendo da característica do produto final da empresa, do segmento do negócio ou do próprio item a ser estocado.

Para que servem os estoques?
Os estoques existem para suprir a Produção nos momentos de necessidade de materiais e evitar as paradas. Lógico que a condição ideal, seria a de estoque ZERO, ou seja, a matéria prima ou material básico é comprada, chega na empresa, a Produção processa e produz o produto e a área Comercial vende. Tudo isto no mesmo dia. Apesar de ser o sonho de qualquer Depto. Financeiro, é impossível tal logística.  No entanto, é nossa obrigação ter esta meta como condição, pois só assim estaremos no caminho certo para termos um estoque efetivo e produtivo.

Indicadores :
São formas de medir o desempenho da área de Logística, compreendendo deste o recebimento de materiais até o seu atendimento à Produção.  Pode-se medir qualidade do produto estocado, giro do estoque, manuseio, tempo de atendimento, cobertura do estoque (tempo de reposição), entre outros parâmetros. A medição tem como objetivo principal promover melhorias e tornar cada vez mais produtiva, toda a cadeia de suprimentos.
Existem no entanto dois indicadores que não devem deixar de ser apurados:
- taxa de atendimento ao cliente: que representa o tempo de espera para o cliente receber o material (o cliente pode ser a Produção);
- acuracidade do estoque: é o grau de precisão entre o estoque físico (aquilo que realmente está no estoque) e os números existentes no sistema. A acuracidade é determinada em percentual e quanto maior for o valor encontrado, significa que melhor está a administração do estoque. A acuracidade é verificada através de inventários periódicos realizados nos estoques.

         quantidade física contada no estoque x 100
         __________________________________   = %
           quantidade teórica mostrada no sistema

Exemplo:
Quantidade encontrada no estoque = 340 peças
Quantidade teórica mostrada pelo sistema = 350 peças

                                  340 x 100
                                 ------------ = 97,14 %
                                       350

Gestão de Estoques (LOGÍSTICA)

Como premissa básica, define-se que o principal objetivo de uma empresa é MAXIMAR O LUCRO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO, seja ele em fábricas, equipamentos, financiamento de vendas, reserva de caixa ou em estoques. Para a empresa obter o lucro máximo, ela deve usar o capital de modo que este não permaneça inativo. Assim sendo, o dinheiro investido em estoques deve ser o mínimo necessário para suprir a produção e manter o bom atendimento aos clientes.
A otimização de investimento em estoque é obtida através de melhoria na eficiência de planejamento e é fator primordial para a redução da necessidade de capital para o estoque.
O grande desafio está em se conseguir o equilíbrio da redução de estoques, sem causar impactos na produção e vendas, e sem aumentos de custos. Teorias e conceitos antigos, como a do Lote Econômico de Compras, tiveram que ser reavaliados e atualmente, em razão da escassez de recursos financeiros e das altas taxas de juros, tornam-se inviáveis.
Para as empresas, tradicionalmente as áreas de Produção e Comercial, sempre foram tratadas como de maior importância do que a de Materiais por serem consideradas como objetivo final. No entanto, que área da empresa pode causar paradas de produção por falta de estoque e conseqüente perdas de vendas por falta de produto? Logística, é claro (sempre considerando a interação com as demais áreas).

Integração como fator de sucesso
Para o bom andamento do processo logístico de uma empresa, garantia de reduções de custo e melhoria de produtividade, é fundamental uma perfeita integração das áreas envolvidas no processo de administração de materiais (Compras, PCP, Almoxarifado, Produção, Expedição etc).
Empresas formadas por “mini-empresas” (cada departamento se preocupa só com o que é de sua responsabilidade), estão sujeitas ao insucesso, ao prejuízo financeiro e ao fechamento.

Preço como fator de competitividade
O preço de um produto é um dos fatores de maior peso em sua competitividade, visto que qualidade e prazo de entrega tem que ser, no mínimo, igual a concorrência.
O cuidado está em diferenciar preço de custo.
Preço: valor em dinheiro pago por uma matéria prima, produto, serviço etc
Custo: é o preço + outros valores agregados (impostos, despesas indiretas etc);
Ou seja, a principal estratégia é diminuir custo, o que consequentemente irá reduzir o preço.

Fatores de pressão da mudança da Logística
A modernização dos meios de comunicação tem sido um dos principais fatores para que as empresas busquem melhorias nos seus processos logísticos.
As compras via internet, por exemplo, eliminam diversas etapas de um processo de administração de materiais, bem como mão de obra. Outro exemplo é o vendedor na televisão, ofertando seu produto a milhares (ou milhões) de consumidores ao mesmo tempo.
Observe-se então a necessidade de uma Logística mais criativa, mais moderna, mais agressiva, mais preparada a mudanças e com estratégias bem planejadas.

Resultados esperados
A partir dos conceitos mencionados, o que se espera da LOGÍSTICA?
- resposta mais eficiente ao consumidor ou cliente final
- redução de custo nos itens de produção
- aumento de produtividade
- melhoria ou ganho de competitividade


sábado, 15 de agosto de 2015

Corrida de cavalos abriu uma estrada em Sumaré

No principio do século havia uma raia de corridas, na atual Rua Angelo Ongaro, antiga estrada de Monte Mor e Antonio do Valle Mello era um entusiasta dessas corridas.
Para se ir a Nova Odessa tinha que dar uma volta lá por cima e passar na segunda passagem de nível da Paulista, onde a estrada passa hoje por baixo da linha férrea. 
Attilio Foffano queria que fosse aberta uma passagem paralela à ferrovia, a fim de encurtar o caminho, mas essas terras eram a invernada de Antonio do Valle Mello, que, como é natural, não gostava que estradas passassem pela sua fazenda.
Attilio resolveu usar de um estratagema. Era amigo de Valle Mello e sabia do seu gosto pelas corridas de cavalo. Tinha o cavalo que comprara de Pedro Bueno e desafiou Valle Mello para uma aposta, que foi aceita. Fez uma propaganda muito grande dessa corrida em Nova Odessa, Americana e Santa Barbara e disse a Antonio do Valle Mello: "Como é Antonio, vamos abrir uma porteira no seu  terreno e assim fica mais fácil para o povo de Americana e Nova Odessa vir assistir a corrida, por que dar a volta.
Antonio concordou. Depois daquela corrida vieram outras. Aquela passagem nunca mais pode ser fechada. Se a impediam o povo abria novamente.
Naquela memorável corrida, os cavaleiros eram José Maria Miranda, no cavalo de Attilio Foffano e Benedito Amaral no de Valle Mello.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Primeiro Cinema de Sumaré

Por informação de Henrique Pedroni, o primeiro cinema foi instalado, antes de 1920, no prédio de propriedade de Antonio do Valle Mello, ao lado do seu armazém de gêneros alimentícios.Pertencia a Justino França, o cinegrafista era José Pereira Ramos e a tela, pintada na parede,
Pouco depois o cinema passou para a responsabilidade do clube Aliança, no prédio onde era a sede do clube Recreativo Sumaré. O acompanhamento musical era feito pela "Orquestra do Cinema Mudo", composta inicialmente pelos 3 irmãos Biancalana (Carlos, José e Elizabeth), Francisco Duarte e José Domingos Escalhão. O cinegrafista era Henrique Pedroni, que em 1926 comprou o cinema, substituindo a orquestra por uma vitrola. A maquina de projeção, marca Pathê Frères.

Fonte: Livro Edição Histórica de Sumaré

Começo do Futebol em Sumaré

Quem começou o futebol em Rebouças (Sumaré) foi Luiz Frutuoso, que era beque e dava aula de futebol no povoado e em Itu. Como ele, Emílio Leão Brambilla também se dedicava ao futebol e sempre viveu nos meios esportivos do seu tempo. Foram eles os maiores entusiastas pelo esporte em Rebouças. Os times tradicionalmente rivais eram o Paulista e o Aliança.

O Paulista Futebol clube em 1939. Em pé, da esquerda para a direita, João Orlando, Ermenegildo Argenton, Antonio Didona, Alfredo Marques, José Luiz, Francisco Pedroni, Fioravante Mancini. Na frente, Ataíde Hoffmann, Antonio Anastásio, Wilson Menuzzo, João Consulin, Danuncio Menuzzo, Aristides Pisoni e Genis Polla.

Fonte: Livro Edição Histórica de Sumaré

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Conceitos básicos ao transporte

Embarcador ou Expedidor – PF ou PJ que celebra o contrato de transporte com o transportador;
Consignatário – PF ou PJ legitimamente autorizada a receber a mercadoria no local de entrega
Volume indivisível – volume unitário contendo mercadorias indivisível – transferência e movimentação
Carga Fracionada – volumes de carga solta : sacos, fardos, tambores, barris, engradados, etc.
Carga unitizada – Lote formado por diversos pequenos volumes de carga fracionada
Pallet (ou palete) – estrado com madeiras para os garfos de empilhadeiras – madeira ou materiais sintéticos.
Pode agrupar e fixar as mercadorias com filme a quente (Skrink wrap) ou cintas de aço, poliéster, nylon ou outros materiais
Pré-linguado – rede especial resistente, manufaturada com fios de poliéster, nylon outros compostos – unitizar mercadorias ensacadas ou empacotadas.
Contêiner – caixa de aço ou material resistente, destinada a acondicionar mercadorias para transporte:Inviolabilidade e rapidez.
Atende igualmente as condições e Legislação Brasileira e Convenção internacionais
Contêiner não se constitui em embalagem e sim em acessório do veículo transportador.
O Contêiner deve ter os seguintes requisitos:
Caráter permanente;
*Ser projetado de forma a possibilitar a sua movimentação em diferentes modais;
*Possuir dispositivo que facilite a sua transferência de veiculo;
*Ser projetado para fácil enchimento ou retirada (ova e desava);
*Ser facilmente acessível à inspeção aduaneira, sem possibilidades de ocultar mercadorias.
House to House (Door to Door) – ao alcance do transporte; – Porta-a-Porta
A mercadoria será recebida pelo transportador no seu local de origem ou de interesse do embarcador e liberada no destino final onde o consignatário desejar
Pier to Pier – Porto-a-Porto – antes do transportador principal (maior percurso) receber a mercadoria já houve transporte anterior. Despesas do embarcador
Pier to House – Porto na origem  - já houve um transporte antes do transportador principal – este após recebê-la a entregará no seu destino final –expressão Porta no destino
House to Pier – Situação inversa à anterior – Porta na origem – O Transportador principal irá buscar a mercadoria no seu local de origem, após haverá um transporte adicional antes de ser recebida pelo consignatário.
Contrato de Transporte – documento que expressa a relação entre o transportador e o usuário
Contém:
*apólice de seguro;
*contrato de compra e venda;
Direitos e deveres;
*valor;
*locais de origem e entrega.
Conhecimento de Transporte - (Bill of Lading) – é a prova da existência do contrato de transporte.
Serve também como prova de entrega da mercadoria;
É um titulo de propriedade negociável.

Formas e Modais de Transporte

Formas de Transporte

Decreto n° 80.145/77 – revogado ( Artigo 14), apresenta as definições e modos de transporte:
Unimodal – carga é transportada utilizando único veículo, com apenas um contrato de transporte;
Sucessivo – para alcançar o destino final é necessário a utilização de um ou mais veículos da mesma modalidade, mais de um contrato de transporte;
Segmentado – intermodal – utilizam-se veículos diferentes, uma ou mais modalidades, vários estágios, com contratos separados.
Diferentes transportadores que terão seu cargo a condução da unidade da origem ao destino final.
Qualquer atraso pode gerar perda do outro transporte, gerando frete morto.
Multimodal – Carga é transportada em todo o percurso, uma ou mais modalidades; com único contrato e uma única apólice de seguro.
A movimentação da mercadoria – prévia coleta e unitização e eventuais operações de entrega final não caracteriza a Multimodalidade.

Modos ou Modais de Transporte

Rodoviário – carga transportadas em rodovias – caminhões, carretas, ect.
Ferroviário – carga transportadas em ferrovias em vagões fechados, plataformas, ect.
Fluvial/Lacustre (Hidroviário) – carga é transportada em embarcações, através de rios, lagos ou lagoas.
Marítimo - carga transportadas em embarcações pelos mares e oceanos;
Aquaviário – abrange em uma só definição os modais marítimo e hidroviário;
Aéreo – a carga é transportada em aviões, através do espaço aéreo.
Dutoviário – sempre na forma de granéis sólidos, líquidos ou gasoso, a carga é transportada através de dutos.
As principais variáveis de decisão para a seleção dos modais são:
*Natureza e características da mercadoria;
*Tamanho do lote;
*Restrições do modal;
*Disponibilidade e frequência do transporte;
*Tempo de transito;
*Valor do frete;
*Índice de faltas e/ou avarias (taxas de sinistralidade);
*Nível de serviços prestado.
O tempo de transito afeta diretamente o prazo do ressuprimento:
Qualquer atraso pode paralisar uma linha de produção, caso o estoque de reserva seja baixo.
A possibilidade de avarias aumenta com a quantidade de movimentações e transbordos.
A fragilidade da mercadoria pode justificar a escolha de um modal.
A sofisticação dos serviços pode sinalizar para sistemas de posicionamento geográfico instantâneo ao longo do percurso.

sábado, 1 de agosto de 2015

SISTEMAS DE TRANSPORTE NO BRASIL

Transporte 

Deslocamento de pessoas e pesos de um local para o outro.
*Nos primórdios da humanidade os pesos eram transportados pelo próprio homem;
*Avento da agricultura e aumento da troca de mercadorias;
*Invenção da Roda;
*Construção de veículos puxados por animais;
*Povos ribeirinhos e litorâneos – construção de jangadas, barcos de papiro, juncos e outros. *Embarcações movidas a braços (remo) ou vela;
*Revolução Industrial – Máquina á vapor, aço no lugar da madeira;
*Embarcações mais velozes e redução de custos;
*No início do séc. XX – máquinas voadoras mais pesadas que o ar;
Hoje, diversos modos de transportes: Rodoviário, Ferroviário, Fluviolacustre, Marítimo, Aéreo, Dutoviário.

Geopolítica de Transportes

Antecedentes Geográficos Brasileiros

Brasil = 8.511.965 km2
47,7% do continente sul-americano
*Norte: Planalto das Guianas e Sera Imeri
*Noroeste: Floresta Amazônica e Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas com aproximadamente 24.000Km
*Oeste: Cordilheira dos Andes
*Sudoeste: Planície do Pantanal e Sistema Hidroviário dos rios Paraná e Paraguai.
*Sul: Ligações rodoviárias e fluviais com Uruguai e a Argentina.
*Leste: Oceano Atlântico – 7.408km de extensão de fronteira praiana.
Até 500km do litoral:
*Estão todas as concentrações urbanas com mais de 1.000.000 de  habitantes. À exceção de Brasília e Manaus;
*Todas as refinarias de petróleo, exceto a de Manaus;
*95% de toda a produção industrial
*87% do consumo de energia elétrica;
*83% de toda a população do país;
*78% de todas as receitas da União;
*75% das rodovias pavimentadas.

Transportes – um fator de  custo

Atividade do transporte: um dos elementos mais importantes da composição do custo logístico;
Nações  desenvolvidas
60% do gasto logístico;
9 a 10% - Produto Nacional Bruto.

Custo Implantação no Brasil por Km

Rodovia
Ferrovia
      Hidrovia
   R$ 600.000,00
   R$ 700.000,00
R$ 100.000,00

Fonte: Geipot 2000

Comparativos do Custo  Energético 

Bristih Chamber Of Commerce (1997)

Inglaterra / EUA

Custo Médio Transporte Marítimo: 1 tonelada = US$ 36.00
               Transporte Aéreo:1 tonelada = US$ 1.700,00

O modal aéreo só é viável quando:

Tempo de trânsito;
Altamente suscetível a perecibilidade;
Possui elevado valor unitário.

Comparativo do Custo Energético – Transportes

Matrizes de Transporte  no Mundo 

                           Matriz Norte Americana

*Sistema fluvial Mississipi/Missouri – eixo norte-sul
*Sistema ferrovia Transpacific Union – eixo leste-oeste
*Fronteira Canadense – Grandes Lagos “Canais”.
*EUA – País do Automóvel – NÃO admite o transporte
massivo de cargas via RODOVIÁRIA.

                                 Matriz Européia

*Histórico: Expansão Marítimo do Mediterrâneo
“ As Grandes Navegações, o famoso Mare Nostrun”
*3.000 a.C: Egípcios – construíram os primeiros navios troca de papiros e trigos
*2.000 a.C: Fenícios – aprenderam a arte náutica e dominavam o Mediterrâneo.
*Gregos – estabelecem a hegemonia  marítima reduzindo o Poder fenício até a Conquista dos Romanos em 64 a.C.
*Romanos – estenderam seus domínios até o mar do norte e fundaram Londres.
*Hidrovia – 1993 foi concluída a ligação Reno – Meno – Róclano.Criando inúmeras alternativas de transporte;
*Ferroviária subaquática – 1994 – Eurotúnel – ligação da França e Inglaterra, sob as águas do Canal da Mancha.

                                 Matriz Asiática

 História Chinesa
*Interior – continentalidade, Mulhada milenar e segurança no
abastecimento;
*Litoral – hegemonia nos mares, conquista e colonização de vastas
regiões.
História Japonesa
*navegação – imposição geográfica;
*Trigres Asiáticos
*Mar – via natural e estratégico de desenvolvimento.
                               
                                 Matriz Sul Americana

 Brasil
*custo interno do transporte – dobro do verificado em países de dimensões semelhantes;
*Grande parte da economia na faixa costeira;
*Eixo Norte-Nordeste e Sul-Sudeste;
*Conexão terrestre das regiões gera custos elevados com o transporte.
Mercosul
*Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil (dimensões continentais)
*Privilegiam o modo rodoviário em detrimento da ferrovia e da hidrovia.

                                   Comparativo de Modais – Brasil x outros países
                                                           Valor agregado

Países
Aquavia
Ferrovia
Rodovia
Alemanha
29
53
18
Canadá
35
52
13
EUA
25
50
25
França
17
55
28
Rússia
13
83
04
BRASIL
13,86
20,86
60,49

terça-feira, 28 de julho de 2015

A Primeira Farmácia de Sumaré

A primeira tentativa de instalação de uma farmácia foi feita por José Carlos de Andrade, essa solicitação foi feita ma época  à câmara municipal de Campinas, em 23 de abril de 1902 e o pedido foi negado.
Em 21 de agosto de 1905, Gorgônio Gonçalves Leal também pretendeu montar uma farmácia e também seu pedido foi negado.
Nova tentativa foi feita anos mais tarde, em 4 de abril de 1908, quando Alfredo Schettini enviou a comissão de Higiene de Campinas novo pedido para montar uma farmácia em Rebouças (SUMARÉ), "por ali não existir nenhuma e sempre é necessário a instalação de um estabelecimento dessa natureza", pois a mais próxima situava-se a 6 quilômetros dali.
Finalmente em 11 de maio de 1910, o pedido feito por Miguel pereira da Silva, foi despachado favoravelmente.

GESTÃO INTERNACIONAL – SUPRIMENTOS E DISTRIBUIÇÃO

Suprimentos Internacional

Compras 
Centralizadas: grande preocupação em homogeneizar qualidade – aquisição centralizada. Ex. Comitê Central do Partido Comunista Chinês – compra de milhões de toneladas de cimento, petróleo, soja.
Descentralizadas: privilegia a região geográfica. Ex. Coca – Cola – aquisição de água para composição do refrigerante.
Intra-Empresa: verticalização do suprimentos entre as filiais.
Inter empresas: prioridade é concentrar no seu negócio – terceirizar o que não for indispensável. Formas: concorrência, certificação de fornecedores, contratos a tempo, parcerias a longo prazo, Global Sourcing e integração total com fornecedores.
Global Sourcing: é um conjunto de procedimentos de suprimento destinado a manter monitorado todo o mercado mundial.
Buscar parcerias estratégicas com fornecedores : imagem respeitada no mercado
Estabelecer relacionamentos a longo prazo: cumprimento de prazo de entrega
Continuidade temporal dos fornecimentos
Reduzir custos ou acrescentar valor aos produtos
Ampliar as competências organizacionais ou tecnológicas: Qualidade total

Para entendermos melhor o Global Sourcing, segue abaixo tabela de comparação:

        Visão Tradicional                                            Visão Global
Vários Fornecedores;                                  Fornecedores globais competitivo;
Negociação Conflituosa;                             Os melhores do mercado;
Inspeção do Comprador;                             Qualidade garantida em contrato;
Especificações imposta;                              Especificações acordadas;
Pedidos no curto prazo.                               Acordos de Longo prazo.

Distribuição Internacional

Custos de distribuição Custos diretos envolvidos na Distribuição Física Internacional – DFI
Distância – envolve: combustível, lubrificante, manutenção, transbordo;
Tamanho do lote -  custo por unidade tende a diminuir com o aumento do lote;
Densidade da carga: relação entre o volume e o peso do lote;
Facilidade de Acondicionamento: utilização de volumes unitários – padronização. Utilização de Contêiner
Facilidade de Movimentação: tipos equipamentos para a movimentação.
Preço de Mercado: preço final afetado pela lei da oferta e procura
Responsabilidade: custo de apólice de seguros para a carga e veículos

Estratégias de distribuição
Exportação Indireta: utilização de intermediários (país de origem ou destino) – Trading Companies;
Exportação Cooperativa: exportações feitas por meio de acordos comerciais para utilização da rede de distribuição;
Exportação Direta: exportação realizada com recursos e pessoal próprio. Utilização de escritório próprio de exportação;

Franquias e Licenciamentos:
Franquia – investimento comercial;
Licenciamento – investimento industrial
Acordos firmados – País-Alvo: cessão de Know How, marca, patentes em troca de royalties

Joint-Ventures:  pactuar contratualmente com empresas estrangeiras – compartilhar capital investido, riscos – objetivo: interação do negocio para os dois países .Ex: Joint- Venture – Cia Vale do Rio Doce e Cia Chinesa – produção de aço.
Fabricas-foco: empresas multinacionais – fabricas próprias em solo estrangeiros. Ex. Toyota.
Subsidiárias Integrais: implantação de multinacionais – companhia controlada por outra. Ex: Mc Donald’s Argentina opera todas as empresas na America Latina, com exceção do Mc Donald’s do Brasil.
Fusões e Aquisições: Aquisição estratégica de uma empresa por outra. Ex. Unide Airlines e Continental Airlines – fusão US$ 3. bilhões – Maior companhia de aviação do mundo – 04/05/2010



sábado, 25 de julho de 2015

Comércio Exterior - Logística Internacional (2° Parte)

Zonas Francas
Áreas de livre comércio de importação e exportação.
* Há isenção de tributos
* Visa promover o desenvolvimento econômico e social de certas regiões
* Situadas nas imediações de portos marítimos, fluviais ou aéreos

Zona Franca de Manaus:
Criada com o Decreto Lei nº 288/67
Fica suspensa cobrança do II, IE e IPI dentro de seu território
Excluem-se dos benefícios fiscais: armas, munições, perfumes, cosméticos, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros.

Lojas Francas
Localizados em portos e aeroportos internacionais
Habilitados pela SRF mediante processo de qualificação
Vendem mercadorias nacionais ou estrangeiras com suspensão de impostos

Institutos de Comércio Exterior
Contingenciamento:
É o estabelecimento de quotas de importação e exportação
Na importação: visa proteger o mercado interno contra a concorrência externa excessiva ou predatória
Na exportação: no propósito de evitar o desabastecimento do mercado interno
Cláusula da Nação mais favorecida
Os países contratantes se obrigam a conceder um do outro as mesmas vantagens que qualquer deles conceder a uma terceira Nação, estranha ao Tratado.
Adotada no GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio)
Exemplo: a Nação A firma um acordo com a nação B, com a cláusula de Nação mais favorecida. Assim, se A assinar acordo com C, todos os benefícios concedidos serão extensivos à B

Tratados Internacionais de Cooperação Econômica
Visam uniformizar padrões a serem adotados
Objetivo: aumento do comércio e eliminação de barreiras alfandegárias
Exemplo: acordos comerciais entre Brasil e Argentina antes da criação do MERCOSUL

Tratados de Integração Econômica
Visam integrar interesses econômicos entre dois ou mais países, contribuindo para a formação de Blocos Econômicos.
Exemplo: Tratado de Assunção que deu origem ao MERCOSUL

Regionalização Econômica
Tendência natural com o processo de globalização: formação de Blocos Econômicos para complementar ou suprir interesses comerciais.
Visa atender interesses econômicos e/ou político-ideológicos
Observa-se a cooperação e/ou integração de países

Blocos Econômicos
Tem como finalidade o desenvolvimento do comércio em certa região
Gera o crescimento da concorrência, a melhoria de qualidade e redução de custos.
Classificam-se em:
*Área de Livre Comércio: não existem barreiras alfandegárias para o trânsito de bens. Exs: área de livre comércio de Santana e de Macapá, entre Brasil e Venezuela; área de livre comércio de Tabatinga, entre Brasil, Peru e Colômbia.
*União Aduaneira: não existem barreiras alfandegárias e pratica-se tarifas externas comuns (TEC) entre si e com terceiros países. Ex: NAFTA
*Mercado comum: não existem barreiras alfandegárias, pratica-se TEC, há o livre trânsito de pessoas e capitais, e há regras comuns para indústria, comércio e consumo. Ex: MERCOSUL
*União monetária: não existem barreiras alfandegárias, pratica-se TEC, há o livre trânsito de pessoas e capitais, e há regras comuns para indústria, comércio e consumo, e adota-se uma moeda comum nos países-membros. Ex: União Européia
*União Política: não existem barreiras alfandegárias, pratica-se TEC, há o livre trânsito de pessoas e capitais, e há regras comuns para indústria, comércio e consumo, adota-se uma moeda comum nos países-membros e há um parlamento comum. Ex: União Européia