Fonte:
http://www.sumare.sp.gov.br/promem.htm
Aos poucos Rebouças foi crescendo. Muito devagar nas primeiras décadas. A vida era mais rural que urbana. Os primeiros moradores eram portugueses e italianos, ou descendentes deles. Uns moravam na vilas, outros nos sítios ou nas fazendas próximas.
Na vila foram aparecendo armazéns de secos e molhados, ou vendas, como eram chamados, padaria, açougue, oficina de ferrar cavalo, máquina de beneficiar arroz e café, fábrica de bebidas, loja de armarinhos, farmácia.... Na zona rural havia engenhos de pinga e açúcar, serrarias, monjolos, moinhos de fubá, olarias, sem contar as fazendas que produziam café, algodão e gado.
Nas fazendas havia os escravos negros, que trabalhavam na lavoura e dentro de casa. Não havia muitos escravos em Rebouças, porque a escravidão estava acabando, e se começava a introduzir o trabalho livre.
Nessa época havia uns 10 mil escravos em Campinas, espalhados pelas fazendas de Rebouças, Jacuba, Joaquim Egídio, Souzas, Valinhos e outras.
IMIGRANTES
Os primeiros imigrantes portugueses de Rebouças pertenciam à família Valle Mello, Raposeiro, Pereira, Aranha, Miranda, Teixeira, Leite, Duarte e outros. Os imigrantes de origem italiana eram da família Noveletto, Guidotti, Biancalana, Franceschini, Foffano, Bosco, Basso, Breda, Montanher, Menuzzo, Ravagnani e outros. Vieram também alguns imigrantes russos, alemães, austríacos, espanhóis, norte-americanos e outros.
Naquele tempo o território de Rebouças era muito grande. Abrangia todas as terras que hoje pertencem a Hortolândia, Nova Veneza, Matão e Nova Odessa. Nesses lugares havia muitas fazendas e sítios. Em Hortolândia havia a grande fazenda Terra Preta, que hoje são os bairros Amanda I, II e III. Em Nova Veneza, as fazendas Quilombo, São Luis, São Bento, Barreiro; no Matão havia o Tijuco Preto; em Nova Odessa a Fazenda Velha, o Engenho Velho e o Paraizo. Ao redor de Rebouças, as fazendas Sertãozinho, São Francisco, Palmeiras e outras.
Rebouças pertencia a Campinas. Mas, em 1909 tornou-se Distrito de Paz, tendo então seu primeiro Cartório, onde se faziam os casamentos civis e o registro de nascimento e de óbitos. Nessa época a população era de mais ou menos 300 pessoas. Em 1910 já havia escola, subdelegacia de polícia, cadeia, banda de música e subprefeitura (1913).
O prédio onde funcionava a subprefeitura existe até hoje, pertence ao patrimônio público e fica na Praça da República. Até 1930 Rebouças tinha menos de 1.000 habitantes, umas 250 casas, 5 ruas e o largo da Matriz.
Antes de 1914 não havia água encanada em Rebouças. Todas as casas tinham poço no quintal, donde se tirava água para beber, cozinhar, tomar banho e lavar roupa. Muitas mulheres lavavam roupa no Ribeirão Quilombo, que a punham na grama para coarar.
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