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quarta-feira, 3 de junho de 2015

RIBEIRÃO QUILOMBO

A informação mais antiga que se tem sobre Sumaré refere-se ao Ribeirão Quilombo. Um documento de 1799 fala sobre esse curso d´agua. Nas escrituras das antigas sesmarias e fazendas desta região, o Ribeirão Quilombo servia como referência geográfica: “perto do ribeirão Quilombo”, “terras cortadas pelo ribeirão Quilombo”,”faz divisa com o ribeirão Quilombo” etc. Todas as terras banhadas por esse ribeirão eram denominadas região do Quilombo”, ou simplesmente Quilombo.
Ele nasce no município de Campinas, nas terras do Quartel, atravessa a Rodovia Anhanguera, passa por Nova Veneza, depois pela cidade de Sumaré, Nova Odessa, Americana e deságua no rio Piracicaba. Até nos anos 50 o Quilombo era limpo e tinha muito peixe. Os meninos de Sumaré nadavam em suas águas e as mulheres aí lavavam a roupa de casa.
A palavra Quilombo lembra um grupo de escravos fugidos da opressão da senzala. Não se tem certeza se este ribeirão se chama Quilombo por ter existido algum reduto de negros em suas margens. Quilombo era um topônimo muito comum em todo o Brasil.
Sabe-se que os viajantes do Brasil antigo paravam à noite para fazerem sua refeição e dar bom pasto aos seus animais. Onde hoje está a cidade de Sumaré era o cruzamento de rotas – ou estradas e trilhas - que ligavam Monte-Mor, Santa Bárbara, Piracicaba, Limeira... Era natural que este local fosse um lugar de parada. Quando se pensou na construção da ferrovia ligando Campinas ao interior, o local escolhido para leito da estrada-de-ferro e para a Estação, foi a margem do Ribeirão Quilombo. Não havia lugar mais próprio.
O Quilombo faz parte da bacia do Rio Piracicaba.


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