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terça-feira, 16 de junho de 2015

AS FAZENDAS

O progresso caminhava da Vila de São Paulo, hoje capital do Estado, para o interior paulista, seguindo as trilhas dos bandeirantes e dos tropeiros. Chegou até Jundiaí, depois Campinas, onde se criava gado, se produzia açúcar, arroz, feijão, milho... Na própria região do Quilombo houve várias sesmarias. Região do Quilombo era formada por todas as terras próximas do Ribeirão Quilombo, de Campinas até Americana atual. Quando o dono de uma sesmaria falecia, ela era dividida em fazendas entre seus herdeiros. As fazendas mais antigas de Sumaré têm essa origem, como, por exemplo, as fazendas Candelária, Palmeiras, São Francisco, Quilombo, Paraizo, Sertãozinho e outras.
Aí pelos anos de 1850, as fazendas da região de Campinas (hoje Barão Geraldo, Betel, Joaquim Egídio, Valinhos, Paulínia, Sumaré e outras) produziam muito café. Era a região mais produtora de café do Brasil.
Nas fazendas, quase todo o trabalho era feito pelos escravos, embora houvesse também trabalhadores livres, geralmente imigrantes.
Milhares e milhares de sacas de café eram colhidas e transportadas até ao porto de Santos para serem exportadas. Tudo era transportado em lombo de burro naquele tempo. Eram tropas de cem ou mais bestas, que demoravam quinze dias para chegar ao destino.
Em 1872 foi inaugurada a Estação Ferroviária de Campinas, ligando-a ao porto de Santos. O transporte das mercadorias ficou mais fácil e barato.Os cafeicultores ficaram felizes. Passaram a ganhar muito mais dinheiro.
Foi então que os fazendeiros de Rio Claro, Santa Bárbara, Limeira, Piracicaba e região resolveram construir também eles uma ferrovia que passasse perto de suas fazendas, para transportar o café. Assim, em 1875, foi inaugurado o primeiro trecho da ferrovia Campinas-Santa Bábara d’Oeste, que depois chegou até Rio Claro.
Entre Campinas e Santa Bárbara a Companhia Paulista construíu uma estação, que foi chamada Estação de Rebouças. Era o ano de 1875. Esse nome foi dado em homenagem ao engenheiro responsável pela construção da ferrovia, Antonio Pereira Rebouças Filho, que tinha morrido no ano anterior, quando trabalhava na construção da estrada. Ele era um engenheiro negro, com cursos na Europa, e famoso por suas obras de engenharia no Rio de Janeiro, junto com seu irmão André. Nesse tempo, o Brasil era Império e quem governava era Dom Pedro II, que esteve presente na inauguração da ferrovia, e passou por aqui.
Ao redor da estação foram então aparecendo algumas casas. Logo depois, as ruas e o povoado. As ruas eram as atuais Avenida Sete de Setembro, Bandeirantes, Antonio Jorge Chebabi e Antonio do Valle Mello. A estação passou a ser o ponto de referência. Pessoas que embarcavam e desembarcavam do trem; mercadoria que era carregada e descarregada; gente que parava para ver o trem passar. Era uma cidade que nascia. No começo o povoado ser chamava Estação do Rebouças, depois Vila Rebouças, depois simplesmente Rebouças.
Em 1889, no mesmo ano da proclamação da República, foi inaugurada a primeira capela. Ela ficava 200 metros acima da Estação, onde hoje está a imagem do Cristo, na Praça da República. A igreja Matriz atual foi inaugurada em 1950, e desde o começo levou o nome de San’Ana., padroeira do Município.

Fonte:
http://www.sumare.sp.gov.br/promem.htm

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