A logística, tradicionalmente, se desenvolveu dentro de áreas geográficas restritas como parte de uma área funcional, marketing ou produção. Mesmo para empresas que já atuavam no mercado internacional o conceito de área geográfica passou a ser revisto. Para alcançar novos mercados a busca por melhorias na integração geográfica, que vai além das tradicionais áreas de atividade econômica para abranger o mundo inteiro como fonte potencial de clientes, conhecimento e tecnologia, matérias-primas.
O desafio para a organização que pretende ser líder em serviço ao cliente, e portanto alcançar um posicionamento competitivo, é conhecer às exigências dos diferentes segmentos em que atua e reestruturar seus processos de logística em direção ao cumprimento dessas exigências.
Até a década de 50 a logística não tinha representatividade. Foi com base no modelo da logística militar, desenvolvido na Segunda Guerra Mundial, que muitos dos conceitos atuais foram fundamentados.
Muito embora até a década de 50 as empresas não percebessem a importância do desempenho logístico, sendo essa uma atividade puramente funcional sem nenhuma base teórica, os militares já incluíam nas suas atividades a aquisição, estoque, definição de especificação e transporte.
Após a década de 50 alguns fatores atuaram como motivadores do processo de evolução logística: o crescimento da população e a demanda diversificada dos consumidores, a necessidade de redução de custos nas indústrias e o avanço da tecnologia, principalmente a popularização da informática
Esses fatores foram responsáveis, por colocar a logística num estado de semimaturidade. Estado em que permaneceu até a década de 70, porque a economia até então passava por um período de crescimento e o controle de custo não representava uma preocupação para o setor produtivo.
Atualmente, melhoria logística se equivale a melhoria em qualquer área estratégica da empresa, pois tem o mesmo objetivo: maximizar a produtividade.
A política adotada favoreceu o desenvolvimento interno em detrimento do avanço internacional. A infra-estrutura de transporte foi desenvolvida pelo governo, em um padrão estatal, para contemplar a integração do mercado interno, sem preocupação com custos, qualidade e produtividade.
Após o início da década de 80, a infra-estrutura de transporte brasileira sofreu um processo de estagnação e degradação, atenuada nos meados dos anos 90 pelo PND — Programa Nacional de Desestatização, que viabilizou a inserção da iniciativa privada na recuperação e modernização da capacidade logística nacional.
Embora o Brasil já tenha aumentado a competitividade das suas unidades produtivas, seu posicionamento no mercado internacional ficou comprometido em função dos elevados custos. Em suma, há um impacto negativo provocado pelo baixo desempenho da logística nacional.Demonstrando que os custos logísticos representam cerca de 19% da receita total, e o que é mais importante, mais do que o dobro da margem liquida de cerca de 8%.Aproximadamente 10% do PIB brasileiro está aplicado em transportes, mas ainda assim encontra-se grande(s) deficiência(s) na infra-estrutura de transporte e comunicação, o que acaba por influenciar o incremento dos custos logísticos.
Vale ressaltar que nos últimos dez anos, a modalidade de transporte rodoviário vem sendo responsável por algo em torno de 60% do transporte de carga no Brasil, contra 20% do sistema ferroviário e outros quase 20% do sistema hidroviário.
Com relação a cargas agrícolas, 81% dos grãos movimentados utilizaram o modal rodoviário, ficando as ferrovias com aproximadamente 16% e as hidrovias com menos de 3% (GEIPOT, 2000). Essa predominância do transporte rodoviário pode ser explicada pelas dificuldades que as outras categorias de transporte enfrentam para atender eficientemente os aumentos de demanda em áreas mais afastadas do país, as quais não têm acesso às ferrovias ou hidrovias.
A expectativa de melhoria da logística no Brasil é grande, porque há uma demanda por melhorias fomentada pela perspectiva de expansão do setor produtivo. Um dos fatores que impactam nessa melhoria é o processo de privatização da economia brasileira.
O governo brasileiro precisa intervir rapidamente, acelerando a redução das carências e conseqüentemente das defasagens tecnológicas a fim de preparar o país para o rápido aumento do comércio internacional que vem ocorrendo.
Vários são os fatores que afetam o desempenho do Brasil no comércio exterior. Os produtos brasileiros ainda chegam ao mercado internacional como meros figurantes, falta visão de competitividade da empresas brasileiras em relação ao potencial de negócios disponíveis no mercado externo e também fragilidade da infra-estrutura logística disponível para sustentar e agilizar os processos de exportação.
Ter infra-estrutura logística de qualidade resulta no incremento da eficiência logística. Países desenvolvidos investiram e investem no desenvolvimento de infra-estrutura a fim de que essas se tornem capazes de sustentar o seu crescimento econômico.
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